Controlar a proliferação bacteriana vigiando a qualidade da água é indispensável para a redução das infeções nosocomiais. Após a Legionella, é a Pseudomonas aeruginosa que deverá ser objeto de todas a atenção. Existem hoje torneiras utilizadas em meio hospitalar preparadas para limitar a difusão destes agentes patogénicos.
O biofilme, naturalmente formado nas torneiras e canalizações de água contém 99,5% das bactérias presentes nas instalações sanitárias. Impossível de erradicar deve no entanto ser controlado de forma a limitar a proliferação de bactérias patogénicas. O objetivo é de impedir que os germes se multipliquem demasiado, formando agregados que podem facilmente desprender-se com a passagem da água. Com a abertura da torneira, estes podem facilmente difundir-se no ar em forma de aerossol.
Para uma pessoa fragilizada ou nomeadamente imunodeprimida, o contacto com certos microrganismos é sinónimo de risco de infeção. As bactérias dos ramais de água são tidas como responsáveis por cerca de 30% das infeções nosocomiais. Será, portanto, necessário que os estabelecimentos de saúde encontrem uma forma de superar a proliferação bacteriana nas suas instalações sanitárias.
Procurada : Legionella e Pseudomonas
Em França, depois de 1 de janeiro de 2012, todos os Edifícios que Recebem Público são submetidos a um controlo de qualidade bacteriológico da água na medida em que os seus pontos de água são acessíveis aos utilizadores e podem produzir aerossóis de água quente sanitária, suscetível de estar contaminada por legionelas (despacho de 1 de fevereiro de 2010).
O despacho de 30 de novembro de 2005 define temperaturas de água quente sanitária mínimas de forma a limitar o risco ligado ao desenvolvimento de legionelas, e de temperaturas máximas para limitar o risco de queimadura.
Entre as bactérias «de ramal», a agora célebre Legionela pneumofila é objeto de controlo sanitário regulamentado (três níveis de supervisão e protocolos de amostragem).
Não existe, no entanto, nenhuma regulamentação particular para fazer frente à temerária Pseudomonas aeruginosa.
Esta bactéria dita «de fim de ramal» desenvolve-se na presença de oxigénio e de água, essencialmente ao nível das bicas das torneiras. Uma vez bem instalada nas paredes internas da bica, o bacilo piociânico (o outro deste germe) coloniza progressivamente o corpo das torneiras, depois os flexíveis de alimentação e seguidamente as canalizações. Neste estágio, torna-se impossível de eliminar e será a segunda responsável pelas infeções nosocomiais mortais.
Recomendações contra a Pseudomonas em Inglaterra
O serviço Nacional de Saúde (NHS) e o Ministério da Saúde Inglês publicaram a 31 de março de 2012 um guia de boas práticas para detetar Pseudomonas aeruginosas nas instalações sanitárias e agir em caso de contaminação.
Recomenda, nomeadamente, para as análises de água, de efetuar a amostragem no primeiro jato de água à saída da torneira, de realizar amostras pelo menos 2 horas após a ultima descarga (idealmente 5 horas) para torneiras utilizadas quotidianamente, e testar os pontos de saída de água pouco utilizados.
Em caso de ausência de contaminação, o controlo deve ser efetuado todos os 6 meses. O NHS indica que desde 1 UFC/L (Unidade Formando Colónia de Pseudomonas aeruginosa por litro de água) o nível de alerta é desencadeado e que é necessário agir. Entre 1 e 10 UFC/L, os testes devem ser reiterados e medidas postas em prática. Para lá de 10 UFC/L, a causa desses resultados deve ser estudada e devem ser tomadas ações curativas imediatas.
Gamas «estudadas para»
As recomendações do NHS associam-se às soluções BIOSAFE desenvolvidas pela DELABIE nos últimos anos de forma a controlar a proliferação bacteriana nas torneiras utilizadas em meios hospitalares. Atenta aos riscos bacterianos, a DELABIE desenvolveu diversos equipamentos específicos.
Os elementos removíveis das torneiras da gama BIOCLIP permitem uma limpeza interna completa e a adaptação de bicas específicas. A misturadora é completamente removível da sua base, ou somente a bica removível. Esta pode ser concebida em latão, em hostaform descartável ou em hostaform descartável com filtro integrado. O tipo de filtro utilizado com 0,1 µm permite abastecer água sem quaisquer bactérias.
As torneiras com baixo volume de água em estagnação são misturadoras onde a sua conceção interior permite reduzir o volume de água no seu corpo. As passagens interiores em cobre sem arestas permitem acelerar a velocidade da água, limitando desta forma o desenvolvimento do biofilme.
Contrariamente à maioria das torneiras do mercado, com interior rugoso que favorece a aderência bacteriana, as misturadoras com bicas ou corpo interno liso e sem asperidades não o permitem (um estudo mostra que a contaminação das torneiras com corpo liso pela Pseudomonas aeruginosa é 14 vezes menos importante do que aquele verificado em torneiras com corpo rugoso *).
Finalmente, as torneiras eletrónicas com purga automática impedem a estagnação de água, uma das principais causas de desenvolvimento bacteriano nos ramais de água. A limpeza periódica intervém automaticamente durante 45 segundos, 24 horas após a última utilização.
Cada solução responde a constrangimentos particulares. A sua combinação permite aumentar o nível de precaução contra as bactérias patogénicas.
* Estudo realizado em junho de 2010 pelo laboratório BioPI e pelo Departamento
Biológico da Universidade Jules Verne de Amiens.