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SOLUÇÕES PARA LOCAIS PÚBLICOS
Regulamentações sobre a qualidade da água /
QUALIDADE DA ÁGUA: POLÍTICAS EUROPEIAS DE VIGILÂNCIA VARIADAS
França, Alemanha, Reino Unido e na maioria dos países da Europa, O Department of Health & Social Care (DHSC), Ministério
existem regulamentações precisas para o controlo bacteriológico da Saúde do Reino Unido também analisou a contaminação
das redes de água� das torneiras e redes por esta bactéria.
Estas regulamentações têm uma base comum O Guia Técnico britânico de 2016 e o Guia das boas
(circuitos de retorno, temperaturas de água quente, 4,1 milhões práticas sobre bactérias relacionadas com a água
etc.) mas também têm aspetos específicos que de casos de infeções (HTM 04-01) estabelecem os procedimentos
devem inspirar os outros países. obrigatórios para testes para a presença de ambos
Na maioria dos países europeus, é obrigatório relacionados com cuidados os germes e o melhor possível para avaliar o nível
assegurar a qualidade bacteriológica da água na de saúde na Europa de contaminação da água.
rede, através de amostragem e análise regulares� Para a Pseudomonas aeruginosa, as medidas são
No entanto, as modalidades desta vigilância e o 37 000 iniciadas assim que o nível de alerta é atingido,
acompanhamento dado ao resultados diferem. mortais isto é, como em França além de 1 UFC/100 ml.
Em França, a pesquisa da Legionella é obrigatória.
O decreto de 1 de fevereiro de 2010 prevê três níveis de Na Alemanha, no quadro da vigilância da presença de
protocolos de supervisão e amostragem. Desde o 1 de janeiro de Pseudomonas aeruginosa, os hospitais e outros estabelecimentos
2012, a obrigação de controlo foi alargada a todos os ERP. de saúde devem recolher amostras 2 vezes por ano. O nível
A Alemanha adotou os mesmos limiares que a França, enquanto satisfatório é de 0 UFC/100 ml.
o Reino Unido é mais rigoroso: realiza testes adicionais para
além de 100 Unidades de Formação de Colónias Lembramos que esta bactéria, que coloniza a rede
por litro (UFC/l) e inicia um procedimento curativo acima 30% a partir das paredes internas das bicas das torneiras,
de 1 000 UFC/l. de casos rapidamente se torna indestrutível. Se nenhuma
solução for colocada em prática, uma vez instalada
A Pseudomonas aeruginosa, considerada como de legionelose a Pseudomonas aeruginosa nas torneiras, irá colonizar
o terceiro agente responsável pelas infeções detetados gradualmente o interior dos flexíveis e das canalizações.
nosocomiais fatais, também está sob vigilância. nos ERP Nesta fase, será estritamente impossível erradicá-la
Em França, não existe regulamentação. No entanto, e tornar-se-á, em seguida, uma ameaça para toda
o guia técnico, "A água nos estabelecimentos de Saúde", a rede de água.
redigido em 2005 por um grupo de trabalho sob a égide
do Ministério da Saúde, menciona níveis de vigilância do bacilo
piociânico.
Este guia recomenda ainda a monitorização trimestral dos pontos
de água considerados representativos da qualidade da água
distribuída.
Independentemente do material que são feitas
as torneiras e canalizações, é formado inevitavelmente
um biofilme em qualquer instalação sanitária,
após algumas semanas ou meses de funcionamento. BIOFILME
Este biofilme é a fonte de um terço das doenças
nosocomiais� Isto representa cerca de 750 000 infeções
por ano, o que seriam a causa direta de 4 200 mortes
em França.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças
(ECDC) avalia que as infeções relacionadas com cuidados
atinge 4,1 milhões de pacientes por ano e seriam
as responsáveis por 37 000 mortes por ano. Bactérias Bactérias
no BIOFILME livres
99,5% 0,5%
Não nos podemos esquecer que os estabelecimentos
não hospitalares que recebem público (ERP) também
são locais de risco elevado. Com efeito, de acordo
com as estatísticas compiladas pelo Institut de Veille
Sanitaire (InVS) francês: 30% dos casos detetados
de legionelose em 2015 estão relacionadas com Hotéis, alojamentos turísticos, parques
a frequência de hotéis, alojamentos turísticos, parques de campismo, piscinas, estádios, etc.
de campismo, piscinas e estádios, contra 14% também são locais de risco elevado.
relacionados com a frequência de estabelecimentos
de saúde (hospitais, lares, etc.).
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